Porto de Elis

Venho lá do Bom Fim , onde poetas, prostitutas, policiais, feministas, estudantes, mendigos, enfim... artistas de todo tipo protagonizam a maior feira da cidade, o mais eterno baile municipal, onde a orquestra é o ruído das motocicletas, idéias e paixões efervescentes. Onde, entre um copo e outro, todos se percebem, sem que necessário se diga, à espera de um grande dia, talvez anunciado pelo silenciar do universo e o solitário lamento de uma harmônica a derramar-se de uma travessa mais escura. Dia de um último suspiro, do alívio final, da redenção.


Trabalhei no Porto de Elis Teatro Bar de 89 a 94, era um bar em Porto Alegre onde grande parte do Rock Gaúcho nasceu.
Muito Show rolou naquela casa, Rock, Teatro, enfim todo o meio artístico do RS e de SP e RJ estavam lá, de Adriana Calcanhoto a Defalla, de Fernanda Abreu a Mulheres Negras.
Eu era Barman, mais conhecido como Willy, e todos queriam ser meus amigos, acreditem, eu era o homem das bebidas e tinha acesso aos bastidores dos Shows, a sala VIP, como costumavam chamar o camarim.
Abaixo alguns autógrafos e papelada que guardei todo este tempo.

Ziraldo

Angeli

Escritor Caio Fernando Abreu

Françoise Fourton, Tony Tornado e Ricardo Blat na peça " Toda donzela tem
um pai que é uma fera".

Fernanda Abreu

Mônica Tomasi

Nota de falecimento - Zero Hora

Então... os anos 90 se foram também, agora só resta ao último demente gritar: O Rio Grande é Rock! É Rio Rock Grande do Sul, até a última bomba explodir, até o novo milênio raiar!